Não é o peso nem o cilício
O tamanho dela
Nem o suplício
Mas como suportamos ela
A cada um de nós
Segundo suas obras
Carga revela atroz
Do nosso passado as manobras
Nada de injustiça
Nenhuma coisa errada
Tudo tem dobradiça
Depois de aberta, terá que ser fechada
Vai e volta
Prende e solta
Não é olho por olho, nem dente por dente
É misericórdia divina, que jamais se desmente
Nada se nos retira
Do pouco que não se tem
Deus é quem põe e tira
De tudo que nos convém
Somos passageiros e motoristas
De nossa própria jornada
Depende de qual tipo de conquistas
Se a carga será mais ou menos pesada
Quinto Zili
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