Porventura o que somos
Não mais especiais
Nem menos importantes
Como pássaros voantes
Como as larvas nos brejos
Até um vírus
Filhos do mesmo Pai
Mesmos direitos e privilégios
E tudo em concerto
Nas mãos de um Maestro
Nada e ninguém mais valendo
No limite a morte transcorrendo
Falas e mais falas
Dizeres extremos
Por vezes tiros de balas
Reveses que todos sofremos
Somos o que nos é permitido ser
Seres inteligentes e descontentes
Sofrentes
Renitentes do querer e do ter
Sigamos em frente
Na evolução do corpo e mente
Novas falas virão
Mas só o bem e o amor nos salvarão
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