Foram de barro
De pedras
Depois asfaltos
Hoje o chão dos autos
Das infâncias lembranças
Peladas com bolas de pano
Descalços éramos liberdade
Pés nas ruas sem vaidade
Hoje corremos
Maratonas fazemos
Por esporte ou trabalho
Ruas cheias de atalho
A vida elas cortam
Enchentes as devoram
No calor almas as repletam
No frio viva alma as secretam
Nosso irmão maior Jesus as usava
Por onde andou, ruas por onde orava
Pregava ao mundo enquanto nelas
Ruas e vielas foram seus templos e portelas
Nada a negá-las
As ruas são belas
O povo enriquece esses caminhos
A vida faz delas seus grandes ninhos
C.A.
710