Porventura o que somos Não mais especiais Nem menos importantes Como pássaros voantes Como as larvas nos brejos Até um vírus Filhos do mesmo Pai Mesmos direitos e privilégios E tudo em concerto Nas mãos de um Maestro Nada e ninguém mais valendo No limite a morte transcorrendo Falas e mais falas Dizeres extremos Por vezes tiros de balas Reveses que todos sofremos Somos o que nos é permitido ser Seres inteligentes e descontentes Sofrentes Renitentes do querer e do ter Sigamos em frente Na evolução do corpo e mente Novas falas virão Mas só o bem e o amor nos salvarão 1230