Desenrolando a língua Deixando o silêncio à mingua O que importa é falar Num canto não se isolar Mas não é para todos sabemos Falantes sermos, nós tímidos queremos Ajudas são possíveis Autoestima em baixos níveis Confiar que pode, só não basta Até a mente parece que se arrasta Somos talvez orgulhosos Perfeccionistas e teimosos Não vemos no entanto vantagem Pensamos demais, mas nos falta coragem O medo de errar e se expor Máscara da timidez causando pavor Temível contra si próprio Tímidos preferem o colóquio Me incluo nessa fielmente Qual a saída finalmente Tendo lido e estudado muito aliás É mesmo o orgulho que está por trás Também tem a ver com excesso de vaidade Solução pode crer, aprender a humildade 1187
Mês: agosto 2022
Poder
Dinheiro ou poder Nunca soubemos bem O mais que o homem tem no querer A menos que já o saiba alguém Tanto faria contestar Fossem o amor e o bem Isso sabemos avaliar Nem perguntar a ninguém Por que o abismo Quanto egoísmo Falta ao homem O mínimo altruísmo Enquanto não aprendemos Nos consumimos insanamente Febre atinge até a alma O poder, parece, ninguém o acalma Só duas coisas frustram o poder Necessidade e sofrimento Um dia para todos isso vai acontecer Para cada um no seu momento 538
Jô Soares
José Eugênio Soares Que politicamente correto nada Ria do próprio peso tamanho Gordo feliz de bem com a vida Fez de todos nós seu rebanho Não segui-lo seria impossível Aguardar seu beijo de sempre Dos espíritos entre nós foi incrível Paria na fala como se fora um ventre Simples e complexo Sagaz e doce Alma côncava, corpo convexo Jô seria quem, se José não fosse Ele foi, e é, da graça o gênio Elevava no riso, todos aos ares Pouco conhecido no nome Eugênio Jô desfilou elegante nessa vida Soares Eder Ziliotto 05/agosto/2022